quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Algo perdido, rapidamente ganho .


Pulsionadamente a solidão bate vezes sem conta a porta dos meus pensamentos, eu digo-lhe que não , enxutu-a para se ir embora assim vai, mas assim volta! Repetidamente, continuo a não deixar entrar, um pouco de bondância lhe peço ,ela finje que ouve! Não resultanto, volta a regressar a minha porta revestida de outra forma, uma forma de estabilidade e conforto, cegamente deixo-a entrar , ela pouisa, vagueia ,experimenta, me fascina. Entre sorrisos demasiados largados digo que é mentira, não posso ser assim tão feliz,aí vem ela, despe-se e mostra o que realmente é . A ilusão acaba, a verdade persiste em ser nua e fria de entender, o que me faz sorrir novamente deixa-me a mercê dos meus pensamentos, encaixada num papel deslizando uma caneta a derramar lágrimas secas, e as minhas lágrimas, um humor líquido e límpido segregado pelas minhas glândulas lacrimais, desfalcam-se por dentro. Palavras sobrevoam minha mente, torno-me escassa, vulnerável, traspareço minha fraqueza acabando assim ficando sozinha, so com o meu papel deslizando a tal caneta !



(...) Não me acordem deste sonho, meu rico sonho, em que estou pousada e tu lentamente, com ternura ou em inconsciência mórbida inclinas-te melodiosamenteno sobre o meu ventre. Sinto-te, as minhas mãos não conseguem deixar de te ceder. Desliso-as com afago, timidamente, sobre a tua pele. No meio de tudo, mas completamente isolados, o mundo poderia ser nosso, mas este sonho só o imagino sozinha! Tento delinear as tuas ideias, destapar os teus pensamentos, as tuas ponderações para sustentar as minhas perguntas, pois silenciosamente fazo-te perguntas! Remexo-me pela cama, intrelaço-me entre os lençois que pareçem imensos e prentendo que o meu sonho seja real. Acordo entusiástica, ainda acudo à minha memória, avivo meus cabelos para trás e tento esqueçer este (meu) tal sonho com fragmentos que foram de carácter próprio e eu pensei serem sinceros. Tudo mudou,a tua atenção, amparo desvanecem duramente.
Eu "tomei-te", procurei (d)o teu jeito , cedo demais .



Quero, mas não obtenho largar esta afeição * (...)